sexta-feira, 7 de novembro de 2008






Metade
Oswaldo Montenegro


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.

Que o homem que eu amo seja pra sempre amado
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço.

Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

Um comentário:

Gabriela Castro disse...

Bem vindaaaa! Esse texto é maravilhoso *.* beijao