quarta-feira, 6 de maio de 2009

Dias ininteligíveis




" Clarissa sente uma vontade irreprimível de chorar. Porque ela é muito infeliz, porque ninguém gosta dela, porque não tem nenhuma amiga... Ninguém a compreende. Sem uma amiga, sem uma companheira...
E esta bola que cresce dentro da gente, que sobe à garganta, que sufoca...
Duas lágrimas aparecem nos olhos de Clarissa, que esforça para não chorar aqui na frente de todos. Mordendo os lábios, as mãos apertando o rosto, ela sai do refeitório e entra no quarto.
Mas por que será que assim de repente, duma hora para outra, a gente se enche de alegria, dum contentamento muito grande, que dá vontade de abraçar a todos, de dançar, de pular, de correr daqui para ali...de ...nem se sabe de quanta coisa mais!
Há pouco entrou no quarto para chorar. De repente lhe invadiu o corpo uma sensação boa. Toda a opressão passou.
Agora ela sorri. Seus olhos crescem...
Canta. Que música é esta? Nenhuma. Uma toada que ela vai inventando ao acaso, feita de pedaços de músicas que já ouviu.


Trecho do livro Clarissa de Érico Veríssimo.






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Por vezes, me vejo em Clarissa, ontem aconteceu este fato, bem do jeito como descrito acima. Acho que minha mãe trocou os nomes, eu deveria chamar Clarissa em vez de Camila e minha irmã acharia um outro nome para ela!

Às vezes a tristeza posa na gente sem nem sabermos porquê, quando vai embora e quando irá voltar...pois é como a canção: "Tristeza não tem fim, felicidade sim...".

Pois bem, em meio a uma certa escuridão, lá no fundo surge uma luzinha que vai clareando devagar... até que essa luz chega ao coração, irradiando-o e o aquecendo para um novo dia, até que me vejo feliz novamente. Inexplicável essa sinestesia de sentimentos não é?!?!?!?!


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Sem a atriz principal a coadjuvante apareceu!








Vivo esperando e procurando um trevo no meu jardim!

Um comentário:

Tais Cruz disse...

Tem dias em que me sinto ininteligível também!
beijosmeliga ;)